Dia 15 de junho o Detran determinou a suspensão temporária da Auto Escola Almeida, em Engenheiro Coelho, por conta de constatação de irregularidades apresentada pela fiscalização do órgão feita dia 05 de abril passado. Tudo começou através de denúncia feita dia 21 de março na Ouvidoria do órgão. Além da suspensão, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as irregularidades apontadas, como o suposto crime de falsidade ideológica.
Dos fatos
Dia 21 de março aconteceu a denúncia na Ouvidoria do Detran contra a Auto Escola Almeida, e um dos pontos da denúncia, o mais grave, é que alguns alunos estavam passando o ponto digital sem fazer as aulas, apenas passavam o dedo na hora de começar o curso e depois voltavam para passar novamente confirmando a atuação no aprendizado, sem realmente terem feito a aula.
Dia 05 de abril fiscais do Detran visitaram o estabelecimento e por algumas horas acompanharam os trabalhos realizados no local. Segundo o relatório da fiscalização, um dos alunos compareceu para a coleta biométrica no horário marcado para o início do curso teórico e depois de algum tempo retornou para fazer a coleta de saída, sem ter realizado qualquer aula. Indagado, o aluno disse que não pôde ficar para a aula porque estava no horário de trabalho, por isso só passou a digital de entrada e saída.
O que complicou um pouco mais a situação, foi que o instrutor que deveria ministrar a aula também não estava presente, o que levou os fiscais a crerem que era um hábito comum e corriqueiro praticado pela auto escola.
Ainda durante a fiscalização, no final da tarde, alguns instrutores voltaram da rua, e uma delas, que ministrava aula com uma aluna, trabalhava com um veículo todo adesivado com o nome da auto escola, carro esse que não estava cadastrado no Detran. Indagada, a instrutora alegou que o veículo tinha sido vendido, por isso não estava cadastrado.
Pelas efetivas e consumadas irregularidades apresentadas pela fiscalização, também confirmadas pelo proprietário Tiago Almeida à nossa reportagem, o Detran determinou a suspensão das atividades até segunda ordem e a abertura de inquérito policial por suposto crime de falsidade ideológica.
O empresário Tiago Almeida disse à nossa reportagem que as irregularidades realmente aconteceram no dia em que a fiscalização estava lá. “Mas não são corriqueiras e foi um caso isolado. O aluno passou a digital para entrar e sair sem fazer a aula porque nesse dia ele implorou que eu deixasse isso acontecer porque não poderia faltar ao trabalho”, se defendeu Tiago.
Referente ao veículo irregular que estava participando da aula, o empresário confirmou o que disse a instrutora: “Esse carro já foi vendido e eu não tinha veículo disponível no dia para fazer a aula, então eu o usei emergencialmente só para não deixar o aluno na mão”.
Ainda de acordo com Tiago, dia 16 próximo as atividades da auto escola voltarão ao normal porque a denúncia não passa de vingança de uma ex-funcionária dele que briga na justiça trabalhista para receber uma suposta indenização. “A suspenção é de 30 dias, e dia 15 agora vai dar os 30 dias, então a partir do dia 16 nossas atividades voltarão ao normal. E isso só aconteceu porque os denunciantes, um casal, sendo que a mulher é minha ex-funcionária e tem uma ação trabalhista contra mim, fizeram essa denúncia porque estão bravos comigo, porque eu não concordei com o valor que pediram na justiça trabalhista”, afirmou.
Por Adolfo Aparecido Januário Pedroso
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